quarta-feira, 23 de abril de 2014

Cinco de amor

Já são vinte trocas de estações de um sentimento que envolve saudade, ciúme, raiva e espera, sendo a espera um espelho da falta de coragem e da existência de uma eterna esperança. Foram quatro estações de paixão imatura. Seis estações de frustração e tentativa de esquecimento. Cinco estações de raiva e distância,  e mais cinco o buscando como amante. Talvez a ordem não importe tanto agora, momento em que assumo ter vivido à espera de ser selvagem ao seu lado, gritando aos quatro cantos do mundo que todos os obstáculos não foram suficientes para diminuir aquele mar de vontades que me afoga toda vez que perco mais uma batalha sem lutar. Porque você pra mim é batalha infindável, na qual sempre entro sem espada e sem escudo. Não busco armas e nem assumo meu posto nas lutas. Apenas me deixo levar, afinal, são muitos os números, não gosto de guerra, a soma é complicada, os adversários são profissionais, não tenho afinidade com matemática, minto para o mundo, você não gosta de mim... Ou talvez até goste, mas sabe que precisa de gente corajosa ao seu lado. 

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