Já são vinte trocas de estações
de um sentimento que envolve saudade, ciúme, raiva e espera, sendo a espera um
espelho da falta de coragem e da existência de uma eterna esperança. Foram quatro
estações de paixão imatura. Seis estações de frustração e tentativa de
esquecimento. Cinco estações de raiva e distância, e mais cinco o buscando como amante. Talvez a
ordem não importe tanto agora, momento em que assumo ter vivido à espera de ser
selvagem ao seu lado, gritando aos quatro cantos do mundo que todos os
obstáculos não foram suficientes para diminuir aquele mar de vontades que me
afoga toda vez que perco mais uma batalha sem lutar. Porque você pra mim é
batalha infindável, na qual sempre entro sem espada e sem escudo. Não busco
armas e nem assumo meu posto nas lutas. Apenas me deixo levar, afinal, são
muitos os números, não gosto de guerra, a soma é complicada, os adversários são
profissionais, não tenho afinidade com matemática, minto para o mundo, você não
gosta de mim... Ou talvez até goste, mas sabe que precisa de gente corajosa ao seu
lado.