sábado, 22 de setembro de 2012

Confissão

Veja que estou lúcida
E que a lucidez me encanta.
Medo, pesar.
Veja que a minha intenção
Razão, cor e tato
É tingir teus lábios
Tocar teu peito
Ter teu tato.
Eu te gosto, e é feito paixão
Ávida e doce.
Não omito, porque quero.
Provei, e confesso
Não me foi árduo trair para te ter.
Agora, quero amar.
Amar-te.
Cuidar-te.
Cobrir-te de amor livre.

Aceitando

Saudade nasce e crava.
Dói.
Dor pouco amena.
Fui procurar a mesma esquina,
Estacionar na mesma rua,
Dormir na mesma porta.
Encontrei-me no mesmo passado,
Isolada.
Sozinha na casa, na sala, na cama.
A voz agora é cética,
O riso, sedutor.
Mas a dor,
Que rasgava e oprimia,
Rasga e oprime.