Talvez o álcool me baste, infle meu ego a ponto de me fazer sair sorrindo, arriscando passos ousados para cima de quem um dia me fez viver o lado mais amargo e pitoresco de mim. Encano com minha paixão doentia pelo amor amado, lastimado, desenfreado. Pela minha paixão precoce por aquele moço que me encantou pela forma como respirava. Pela minha paixão falsa por quem de verdade me amava. Pela minha paixão triste que ainda existe por eu não saber como largá-la. Porque sentimento a gente sabe que é bom quando dói e inspira na mesma proporção. Distorço uma música e escrevo sobre um romance antigo para entorpecer a realidade da menina eternamente insatisfeita. Cruzo lembranças e acabo sempre parando na porta de sua casa, implorando por aquela colher de chá de mel que me acalma só até o começo da semana. Depois começa tudo de novo, coração apertado dentro do peito que dói clamando por reciprocidade, declarações livres, poesias e promessas.
terça-feira, 23 de abril de 2013
domingo, 7 de abril de 2013
Confissão II
Ai de mim se você se for, se decidir sair assim, voando, para ir de encontro ao seu mundo e me largar. Ai de mim se lhe perco sem motivo e sem vantagem, ou por culpa dos caminhos tortos que insistem em me desviar. Sei que sou errante. Mas sei mais ainda que é em você que o meu amor mora agora.
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013
Corra
Corra. Porque a hora chega e seu sonho pode lhe alcançar. Corra. Porque ser feliz não lhe basta, você precisa chorar, dormir e acordar chorando para a tristeza lhe ocupar. O mundo pouco sabe que seu pranto não é mel, é cachoeira tranquila que deságua quando sozinha. Você é foto, é frio, é fim. Não cabe numa história porque não sabe contar.
quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
Eu peço
Já pedi numa carta, para soar mais legítimo,
Já pedi em sussurros, numa espécie de oração
Mas, fugiu de mim,
Escapou assim, numa contradição
Talvez por medo,
Ou por desilusão.
Não sei, só sei que não quis,
Não quer meu coração.
Já pedi em sussurros, numa espécie de oração
Mas, fugiu de mim,
Escapou assim, numa contradição
Talvez por medo,
Ou por desilusão.
Não sei, só sei que não quis,
Não quer meu coração.
segunda-feira, 14 de janeiro de 2013
Tanto queria
Queria dançar aquela música com quem não dancei,
Conhecer as pessoas que não conheci,
Pedir que ficasse quem permiti que partisse,
Pedir que partisse quem permiti que ficasse.
Queria sair na foto que não saí.
Queria viajar quando decidi ficar.
Queria dizer sim quando disse que não,
Que não queria estar aqui.
Eu quero, amor
Quero um pedaço de ti. Um pedaço quente e aconchegante que eu
possa carregar sempre comigo.
E quero estar sempre contigo, em um caminho longo, confuso e florido que
muitos chamam de amor.
Quero te chamar de amor.
Quero te chamar de amor.
quinta-feira, 10 de janeiro de 2013
Quando um poeta exagera nas palavras
Quando um poeta exagera nas palavras
É que está freando na paixão.
Não por medo,
Poetas nunca temem se entregar.
Veneram o sofrimento.
É que está freando na paixão.
Não por medo,
Poetas nunca temem se entregar.
Veneram o sofrimento.
Quando um poeta freia na paixão
É para ter tempo de exagerar nas palavras,
E encontrar um novo motivo,
É para ter tempo de exagerar nas palavras,
E encontrar um novo motivo,
Inventar um tom de vermelho,
Criar um drama
E guardar fôlego para seguir em frente,
Criar um drama
E guardar fôlego para seguir em frente,
Com uma mesma ou com uma diferente...
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